Antes de falar da introdução da alimentação complementar no bebé é preciso falar de amamentação.
A OMS recomenda amamentação em exclusivo pelos primeiros 6 meses de vida e a sua continuação, em conjunto com outros alimentos, até 2 anos ou mais – para TODO o mundo, incluindo países desenvolvidos (WHO Statemen, 2011).
A UNICEF do Reino Unido também recomenda fórmula de LA em exclusivo até 6 meses para os bebés que fazem aleitamento artificial apenas (Parents guide to infant formula, Unicef UK, 2016).
Então a resposta seria 6 meses e ponto final, certo? Não!
O acto de comer não é apenas alimentar-se, implica também desenvolvimento físico e neurológico e socialização. Há sinais que mostram que o bebé está pronto para a introdução de alimentação complementar.
Que sinais observar no bebé? (de acordo com a Academia de Pediatria Americana)
- Perda do reflexo de protusão – este reflexo serve para proteção das vias aéreas do bebé e está presente até por volta dos 4-6 meses. Quando o bebé deixa de empurrar a colher com a língua, mostra que perdeu este reflexo.
- Sentar-se bem – quando o bebé já consegue segurar a cabeça e o tronco bem e se consegue manter sentado direito sem grande apoio
- Capacidade de mostrar satisfação – o bebé é capaz de mostrar quando quer ou não quer mais alimento
- Mostrar interesse pela comida da família – os bebés adoram imitar os pais e com a comida vão querer fazer o mesmo. Quando estão prontos vão querer “roubar” comida do prato dos pais. A maioria dos bebés aceita melhor a comida que vê os pais comerem.
Quando vê estes sinais no seu bebé, então chegou a altura de começar! Sem grandes expectativas no início, mantendo a amamentação como base da alimentação do bebé e respeitando sempre o apetite e vontade do bebé.
Dicas que ajudam:
- Sentar o bebé à mesa da/com a família
- Deixar o bebé explorar a comida com as mãos
- Dar uma colher para a mão do bebé
Comer é uma forma de relacionamento, de interação, é uma experiência social extremamente rica.